quinta-feira, 12 de abril de 2012

Diagnóstico

Diagnóstico

Para um diagnóstico médico preciso do Transtorno Autista, a criança deve ser muito bem examinada, tanto fisicamente quanto psico-neurologicamente. A avaliação dever incluir entrevistas com os pais e outros parentes interessados,observação e exame psico-mental e , algumas vezes de exames complementares para doenças genéticas e ou hereditárias. Hoje em dia pode-se proceder alguns estudos bioquímicos genéticos e cromossômicos, eletroencefalográficos, de imagens cerebrais anatômicas e funcionais e outros que se fizeram necessários para o esclarecimento do quadro. Não obstante, o diagnóstico do Autismo continua sendo predominantemente clínico e, portanto, não poderá ser feito puramente com base em testes e/ou algumas escalas de avaliação.

Segundo o DSM. IV, os transtornos Invasivos do Desenvolvimento, onde se inclui o Autismo Infantil, se caracterizam por prejuízo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento, tais como: nas habilidades da interação social, nas habilidades de comunicação, nos comportamentos, nos interesses e atividades. Os prejuízos qualitativos que definem essas condições representam um desvio acentuado em relação ao nível de desenvolvimento ou idade mental do indivíduo. Esta seção do DSM.IV inclui o Transtorno Autista, Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância e o Transtorno de Asperger. De maneira mais ou menos comum, esses Transtornos se manifestam nos primeiros anos de vida e frequentemente, estão associados com algum de Rertardo Mental. Os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são observados, por vezes, juntamente com um grupo de várias outras condições médicas gerais, como por exemplo, com outras anormalidades cromossômicas, com infecção congênitas e com anormalidades estruturais do sistema nervoso central. Embora termos como “psicose” e “esquizofrenia da infância “ já tenham sido usados no passado com referência a indivíduos com essa condições, evidências consideráveis sugerem que os transtornos Invasivos do Desenvolvimento são distintos da Esquizofrenia, entretanto, um indivíduo com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ocasionalmente pode, mais tarde, desenvolver também a Esquizofrenia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), através de sua Classificação Internacional das Doenças, 10ª revisão (CID.10), refere-se ao Autismo Infantil ( ou síndrome de Kanner) como uma Síndrome existente desde o nascimento ou que começa quase sempre durante os trinta primeiros meses, onde as respostas aos estímulos auditivos e às vezes ao estímulos visuais são anormais, havendo, habitualmente, graves dificuldades de compreensão da linguagem falada. A fala é atrasada e , quando desenvolve, caracteriza-se por ecolalia, inversão de pronomes, imaturidade da estrutura gramatical e incapacidade de empregar termos abstratos.Geralmente há uma alteração do uso social da linguagem verbal e gestual. Os problemas de relação com os outros são os mais graves antes dos 05 anos de idade e comportam principalmente um defeito de fixação do olhar, das ligações sociais e da atividade de brincar.

A CID. 10 fala do comportamento ritualizado do autista com hábitos anormais, resistências às mudanças ( sameness), apego à objetos singulares e brincadeiras estereotipadas. A capacidade de pensamento abstrato ou simbólico e de fazer fantasias está muito diminuída neste transtorno. O nível de inteligência varia do retardo profundo ao normal ou acima do normal. O desempenho é habitualmente melhor para as atividades que requerem aptidões mnêmicas ou visoespaciais automáticas do que para as que necessitam das aptidões simbólicas ou lingüísticas.

Portanto, sobre o Autismo Infantil a CID. 10 diz tratar-se de um “transtorno invasivo de desenvolvimento” definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ ou comprometido que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. Sublinha que o transtorno ocorre em garotos três ou quatro vezes mais frequentemente que em meninas.

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Apaixonadas pela Escola Maria Lucia Luzzardi

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